"- Nunca se diz tudo nestas situações, pois não?
- Suponho que não... mas também acho que tu não queres saber tudo, pois não?
Ela não respondeu, limitou-se a dar-lhe a mão e a fechar os olhos. Ele perdia-se nela, no seu longo cabelo. Mas a perda, a libertação do que poderia vir a sentir por ela nunca era total, a impossibilidade de serem algo mais que um talvez, trazia-o de volta. E ela ali estava, as mãos nas mãos dele, de os olhos fechados.
- A tua língua é de cetim.
Ela sorriu.
- Mas já sabes que isto fica por aqui, não sabes?
Abriu finalmente os olhos e disse-lhe.
- Sei, mas não faz mal estarmos aqui, pois não?"
Sem comentários:
Enviar um comentário
A guilty conscience needs to confess. A work of art is a confession. You were born an original. Do not die a copy.